Foi se o tempo em que para se
construir ou pintar uma parede, instalar uma lâmpada ou um chuveiro ou mesmo
executar pequenos reparos em um veículo não necessitava de qualificação formal
para tanto. Pois bem, os tempos mudaram e mudam a cada segundo em decorrência
das novas tecnologias cada vez mais implementadas no convívio cotidiano das
pessoas.
Na contramão disso tudo, parece
que apenas a política não muda no Brasil. Na verdade, o que ocorre é que os
gestores da política, ou pelo menos a maioria deles continuam retrógrados no
que diz respeito ao seu desempenho, tendo em vista a falta de qualidade de suas
obras e o desperdício dos recursos públicos.
Assim como nas diferentes
atividades profissionais desempenhadas pelos cidadãos em que se exige cada vez
mais capacitação e qualificação profissionais, fato estes impulsionado é claro
pelos avanços decorrentes das inovações tecnológicas agregadas aos produtos e
bens de consumo, não deveria ocorrer o mesmo com a política? Quantos dos
políticos que conhecemos, são realmente capacitados para ocuparem tais postos?
Quantos destes realmente defendem os interesses públicos? Quantos sabem ler e entender o lido e passar o
que leu para outras pessoas? Quantos têm a capacidade de escrever um projeto?
A palavra “reversa” muito
utilizada hoje nos meios acadêmicos, nos arremete para a outra extremidade do
processo, ou seja, no caso deste artigo, numa ponta estão nossos políticos (gestores
públicos) e na outra ponta estão os cidadãos pagadores de impostos e no meio
está à ação da administração pública de todos os recursos arrecadados em prol
de toda a sociedade.
Numa fábrica de embalagens, por
exemplo, ao se pensar em desenvolver um novo produto, se faz o que chamamos em
educação ambiental de “logística reversa”, ou seja, os engenheiros e técnicos
(pessoas qualificadas que estudaram para ocupar tais cargos), percorrem todos
os processos que deverá passar esta embalagem, desde sua criação, produção,
utilização, descarte e reciclagem. Desta forma, deixam de fazer as coisas
acidentalmente e passam a estudar as coisas elaborando e planejando sobre suas
utilidades e conseqüências para o meio em que vivemos.
Assim sendo, a “política
reversa”, diz que, assim como numa empresa, a administração pública, precisa planejar,
operar, controlar fluxos e fazer a utilização eficiente dos recursos públicos
oriundos de impostos pagos pelos cidadãos de forma a retornar em bens e
serviços a comunidade, agregando-lhes valores, ou seja, conferindo-lhes
benefícios, como que resultado de uma aplicação bancária que se faz numa
poupança, pois estamos investindo nosso dinheiro no setor público ao pagar um
imposto qualquer. Para tanto o que não temos visto acontecer na administração
pública é o que as empresas tem feito, ou seja, capacitado seu quadro de
funcionários para fazerem uso das cadeiras que ocupam.
Enquanto isto se, desejamos a criar um meio melhor
para se viver, com maior justiça social, com melhor distribuição de rendas e oportunidades
através de trabalho digno a todos e não somente a uns poucos “escolhidos”, é
bom que, como “cidadãos reversos” e “eleitores reversos” que somos, pensemos
sobre o tipo de representantes que vamos colocar nestas cadeiras, e aos
“políticos reversos”, que busquem melhorar suas qualificações ou pelo menos,
coloquem secretários e assessores que assim o façam.
Olá Arlindo Cesar. Concordo com o conteúdo do texto e gostaria de mencionar que na gestão do prefeito Galvão, em que assumi a Secretaria de Esportes, a preocupação com qualificação e planejamento era constante e participávamos de cursos e palestras, inclusive com o tribunal de contas, para não errar no uso do dinheiro público.
ResponderExcluirContinue fomentando ideias para melhorar o comportamento das pessoas em relação ao próximo e à natureza. Um abraço.