terça-feira, 27 de dezembro de 2011

BNDES vai investir em reflorestamento no PR, SP e BA

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou hoje que vai aplicar R$ 11 milhões a fundo perdido em três projetos de reflorestamento no Paraná, em São Paulo e na Bahia no âmbito do programa Iniciativa BNDES Mata Atlântica. Os recursos oriundos do BNDES Fundo Social viabilizarão a recuperação de 785 hectares do bioma, informou o banco.
Com a aprovação desses desembolsos, o banco de fomento já conta onze projetos aprovados por meio do Iniciativa BNDES Mata Atlântica com recursos não reembolsáveis. O projeto Iniciativa Verde receberá R$ 7,8 milhões para a recuperação de matas ciliares em cinco frentes de atuação entre o Paraná e São Paulo. No Parque Estadual da Serra do Mar, no norte do Estado de São Paulo, R$ 1,5 milhão será destinado a uma associação local para o reflorestamento de 160 hectares na zona de amortecimento da reserva. Haverá um foco especial no manejo sustentável da palmeira juçara, cujo comércio da polpa pode ser uma opção de renda local e de uso em merendas escolares.
Já o Instituto Floresta Viva receberá R$ 1,7 milhão do BNDES para recuperação florestal e manejo sustentável de mudas em uma área do Parque Estadual da Serra do Conduru, na Bahia. O parque abriga uma rica biodiversidade e foi criado como medida compensatória pela construção da rodovia BA-001, em 1997.
O BNDES também aprovou aportes não reembolsáveis que somam R$ 26,2 milhões em mais três projetos ambientais que pleiteavam recursos do Fundo Amazônia, do qual é gestor. O banco informou hoje que serão beneficiados o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), com o projeto Assentamentos Sustentáveis na Amazônia, e as prefeituras de Anapu e Jacundá, ambas no Pará, que estão em áreas de influência direta de grandes obras, como a usina hidrelétrica de Belo Monte.
As duas cidades usarão os recursos para estruturar instrumentos institucionais de preservação do meio ambiente e fomento à chamada economia verde. Com essas aprovações, o Fundo Amazônia já contabiliza 23 projetos em sua carteira, no valor de R$ 261 milhões. Os recursos do Fundo Amazônia geridos pelo BNDES foram constituídos até agora por três grandes doadores: o governo da Noruega, o banco de desenvolvimento da Alemanha (KfW) e a Petrobrás. 
fonte: ALEXANDRE RODRIGUES - Agência Estado

Que assim seja... 2012 menos palavras... mais AÇÕES... Avante Bikeco!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Carta da Terra...


PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.
TERRA, NOSSO LAR
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
  1. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
  2. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
  1. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
  2. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
    maior responsabilidade de promover o bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
  1. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
  2. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.
  1. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
  2. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.
  1. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
  2. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
  3. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
  4. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
    causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
    organismos prejudiciais.
  5. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
  6. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
  1. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
  2. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
  3. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
  4. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
  5. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
  1. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
  2. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
  3. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
    ambientais seguras.
  4. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
  5. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
  6. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
  1. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
  2. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
  3. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
  1. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
  2. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
  3. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
  1. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
  2. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
  3. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
  4. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
    atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
    conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
  1. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
  2. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
  3. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
    família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
  1. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
  2. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
  3. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
    papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
  4. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.
  1. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
  2. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
  3. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
  4. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
  5. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
  6. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
  1. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
  2. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
  3. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
  4. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
  1. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
  2. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
  3. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.
  1. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
  2. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
  3. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
  4. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
    massa.
  5. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
  6. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida. 

fonte: http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Destruição da Vida Marinha... Progresso a qualquer custo???

Animais devem morrer pela contaminação ou de fome, preveem especialistas.

O vazamento de óleo na bacia de Campos, no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, provocou uma mancha de 162 km² no mar, o equivalente a metade da baía de Guanabara. Essa situação preocupa ambientalistas, que alertam para o risco de morte dos animais.

Segundo a Chevron, a mancha, localizada a cerca de 120 km do litoral de Campos, está se afastando da costa na direção Sudeste, ou seja, em direção ao continente africano. O volume de óleo acumulado na área é de 521 a 882 barris - até 140 mil litros.

De acordo com Aristides Sofiati, da UFF (Universidade Federal Fluminense) em Campos dos Goytacazes, o acidente serve de alerta para os riscos da corrida pelo pré-sal. Nesta quarta-feira (16), ele disse temer que a ansiedade com a grande quantidade de poços de petróleo na região faça com que as empresas fiquem menos atentas a segurança nas escavações.

O biólogo Mário Moscatelli, do Rio de Janeiro, acrescenta que a tragédia ambiental também mostra a importância do Estado do Rio de Janeiro receber um percentual maior no pagamento dos royalties do petróleo.

- Se a mancha chegar nas praias de Macaé, quem vai ter que arcar com a recuperação do litoral não vai ser o governo dos Estados do Norte ou Nordeste do país, mas os governos do Rio de Janeiro e de Macaé.

Moscatelli questiona ainda a falta de informações de órgãos oficiais sobre o acidente.

- Apenas a empresa responsável está divulgando as informações sobre o vazamento. É preciso ter o outro lado. Será que o vazamento é mesmo do tamanho que os responsáveis dizem que é? Os técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais) já estiveram no local?

A assessoria de imprensa do Ibama informou que os técnicos foram ao acidente e que acompanham todo o processo. Na tarde desta quarta-feira, eles se reuniram para avaliar o andamento dos trabalhos.

A multinacional americana Chevron, responsável pelo campo do Frade, situado a 370 km a nordeste da costa do Rio, e pelo combate ao vazamento, informou que a situação está controlada e que não há indícios de fluxos de fluido no poço. Mesmo assim vai continuar monitorando a região, até a chamada selagem.

A empresa assegurou que o trabalho foi mantido nesta quarta-feira, apesar do mau tempo que atinge o litoral fluminense.

Contaminação:

O vazamento do poço já contaminou toda a área, diz Sofiati. Ele lamenta que esses reflexos serão sentidos por muito tempo.

- A área vai ficar marcada, independentemente do sucesso dos trabalhos de limpeza da empresa. Toda a cadeia alimentar está comprometida. Os animais que não morrerem em consequência direta do contato com o óleo, irão morrer de fome ou procurar alimento em outra área, deixando a região morta.

Moscatelli lembra que as baleias vão ser as principais vítimas.

- Elas estão em período de migração para o Sul do país e, se a mancha de óleo estiver no caminho, podem adoecer com o contato ou ficar desorientadas. De qualquer maneira, elas serão afetadas.

No caso do vazamento no golfo do México, em julho do ano passado, além da quantidade de óleo ser maior, a substância ficou confinada dentro do golfo. Na baía de Campos, o vazamento foi em mar aberto, onde o óleo pode ser espalhar conforme a força e direção do vento e das correntes.

O vazamento foi descoberto na noite da última quarta-feira (8). De acordo com a empresa, ele teria sido causado por uma rachadura no solo. Além da tentativa de tapar o buraco com lama pesada e cimento, boias de contenção tentam impedir o deslocamento da mancha e absorver o óleo.

Fonte: R7

Fim do sofrimento...

Morre cão (Lobo) arrastado em Piracicaba, SP.


Lobo teria alta nesta quarta-feira (16). A ONG Vira Lata Vira Vida informou no início da madrugada desta quarta-feira (16) que o cachorro rottweiller Lobo morreu por "complicações no seu quadro clínico". O animal, que foi arrastado preso a um carro por quarteirões no último dia 2 de novembro, teve uma das patas dianteiras amputada na segunda-feira (7).

Segundo o comunicado, postado na página oficial da ONG no Facebook, Lobo foi acompanhado por uma equipe durante 15 dias de "luta". A entidade pretende divulgar detalhes sobre a morte do animal ainda hoje, após necropsia.

Multa ao tutor:

No último dia 9, a Prefeitura de Piracicaba (160 km de São Paulo) comunicou que iria multar o 'tutor' do animal. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde ao UOL Notícias. A intenção da administração é aplicar a multa por maus-tratos. A pena máxima prevista na legislação municipal para esse tipo de crime é de R$ 1.500.

A secretaria informou que a Procuradoria Geral do Município orientou o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) a aplicar a multa após a conclusão do inquérito policial, que corre na Polícia Civil desde a semana passada.

Crime:

O 'tutor' do cão, o mecânico Cláudio César Messias, alegou à polícia que arrastou o cachorro por acidente. Ele disse que transportava o animal na caçamba do veículo. O 'tutor' justificou-se, dizendo que fugiu do local do crime porque achou que o cão já estivesse morto.

Duas testemunhas, no entanto, contaram à polícia que Messias disse que queria matá-lo. Foram eles que gritaram para que o mecânico parasse o veículo enquanto arrastava o cão.

O presidente da SPPA (Sociedade Protetora dos Animais), Luiz Américo Chittolina, entrou com uma representação no Ministério Público na última sexta-feira, pedindo punições contra o 'tutor' do animal.

Além da multa da prefeitura, Messias também deve ser multado pela Polícia Ambiental por maus-tratos, baseada na lei federal número 9.605/98 de crime ambiental, que prevê multa de R$ 1.500. O mecânico, no entanto, pode recorrer.

Messias foi procurado para se manifestar sobre o caso, mas não foi localizado.

Nós da Bikeco estamos de luto e indignados... 

fonte: uol

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Homenagem...

Oswaldo Montenegro

Oswaldo Viveiros Montenegro (Rio de Janeiro, 15 de março de 1956) é um músico brasileiro. Apresenta um programa no Canal Brasil. É casado com a atriz Paloma Duarte. Carioca do bairro do Grajaú. Oswaldo é um caso excepcional de precocidade musical. Sem nunca ter estudado música regularmente, começou desde a tenra infância a ser influenciado por ela. Primeiro, na casa de seus pais no Rio de Janeiro: a mãe dele tocava piano, seu pai tocava violão e cantava.A segunda influência foi mais forte. Aos oito anos, mudou-se, com os pais, para São João Del Rey, cidade mineira poética e boêmia, onde as serestas aconteciam todas as noites e as pessoas juntavam os amigos em casa para passar as noites tocando e cantando. Ao mesmo tempo, Oswaldo foi atraído para a música barroca das igrejas. Nesta época, teve aulas de violão com um dos seresteiros da cidade e compôs sua primeira canção, Lenheiro, nome do rio que banha São João del Rey. Venceu um festival de música com apenas 13 anos, no Rio de Janeiro, onde voltou a morar. A decisão de se tornar um músico profissional veio com a mudança para Brasília, em 1971. Na capital federal, começou a ter contato com festivais e grupos de teatro e de dança estudantis. Fez seus primeiros shows e aos 17 anos a decisão de viver da música se tornou definitiva. Mudou-se novamente para o Rio, mas já havia adotado Brasília como a terra de seu coração e tema constante de sua obra. Também seus parceiros preferidos foram amigos que fez ali, como José Alexandre, Mongol e Madalena Salles, entre outros. Foi ainda em Brasília que tomou contato com a música erudita nos concertos do Teatro Nacional. Não só assiste aos concertos com seus amigos músicos, entre eles o maestro Otávio Maul e a família Prista Tavares, mas entra pelas madrugadas conversando sobre técnica e teoria musicais. Autodidata, devora livros sobre história da música. A partir daí, morando no Rio mas com os olhos e o coração postos em Brasília, sua carreira deslancha. Tem música classificada no último Festival da Canção da Rede Globo, o primeiro de repercussão nacional de que participa (1972), escreve e encena seu primeiro musical (1974-1975), lança três discos no espaço de três anos (1975-1978) e vence festival na TV Tupi com seu primeiro megasucesso, Bandolins (1979). Mesmo com tanto sucesso, decide retornar a Brasília para montar em 1982, outro espetáculo musical, Veja Você, Brasília, com artistas locais. Deste espetáculo participam as ainda desconhecidas Cássia Eller e Zélia Duncan. Depois desta, viriam outras peças de teatro musical, uma particularidade bem marcante na trajetória de um músico brasileiro e que resgata uma maneira de divulgar música abandonada na primeira metade do século 20. São mais de 14 peças musicais, todas recorde de público e algumas, como Noturno”, “A Dança dos Signos” e “Aldeia dos Ventos, estão em cartaz há mais de 15 anos e com montagens por todo o país. Em 1985, participa de outro Festival da TV Globo, com a música O Condor, com acompanhamento de um coro de 25 cantores negros. Não para de gravar discos. Até 2006, são 34. Composições suas são interpretadas por Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Paulinho Moska, Zé Ramalho, Alceu Valença, Zizi Possi, Zélia Duncan, Jorge Vercilo, Altemar Dutra, Gonzaguinha, Sivuca, Tânia Maya, entre outros. Até a atriz Glória Pires cantou em participação especial de um disco seu (1985). Em 1994, Oswaldo lança seu primeiro livro - O Vale Encantado - um livro infantil, no mesmo ano indicado pelo MEC, através da Universidade de Brasília, para ser adotado nas escolas de 1º grau. Em 1997, adapta o livro para vídeo. Em 1995 lança o cd “Aos Filhos do Hippies” com participação de Carlos Vereza e Geraldo Azevedo. Em 1997, Oswaldo reencontra Roberto Menescal. Durante a conversa, surge o tema “letras de músicas da MPB que são verdadeiros poemas”. Daí vem à idéia do CD “Letras Brasileiras”. Menescal produz o CD, que é lançado no mesmo ano, e participa da tournée do show. Ainda em 97 grava e lança o vídeo “O Vale Encantado”, que conta no elenco com a participação de Zico, Roberto Menescal, Fafy Siqueira, Luísa Parente, Tânia Maya e Madalena Salles. É lançado, também, o CD do mesmo nome. Lança, também, nesse mesmo ano, o CD do espetáculo “Noturno”, pela Tai Consultoria em Talentos Humanos e Qualidade. Em 1998 recebe o título de cidadão honorário de Brasília, concedido pela Câmara Legislativa do DF. Nesse mesmo ano, Oswaldo volta às montagens teatrais. Monta novamente “Léo e Bia”, numa versão mais madura e coerente com a postura que ele tem, atualmente, daquela história. Grava o CD homônimo, também com Menescal. Monta, ainda, com elenco de Brasília, a 2ª versão de “A Aldeia dos Ventos”. Em 1999, apresenta 3 espetáculos, no Teatro de Arena, no Rio de Janeiro: “Léo e Bia”, “A Dança dos Signos” e o inédito “A Lista” com a participação da atriz Bárbara Borges e do cantor Rafael Greyck, lançando, nessa temporada, os CDs dos 2 últimos. Em 2000, comemora os 20 anos de carreira com o show “Vinte Anos de Histórias” e com os CDs “Letras Brasileiras ao Vivo” e “Escondido no Tempo”. Dedica-se, também, à série “Só Pra Colecionadores”, de CDs independentes, de tiragem limitadíssima, vendidos apenas via internet. Neste ano seus fãs criam seu primeiro fã-clube virtual, o OMOL (Oswaldo Montenegro online), onde admiradores de seu trabalho, através de um site na internet e posteriormente no ORKUT, se reúnem para conversar e interagir sobre sua obra e sobre a obra de artistas que com ele trabalharam. Em 2001 monta em SP a peça “A Lista” com a participação de Bruna di Tullio e Mayara Magri no elenco. Em 2002 lança o CD “Estrada Nova”, cuja turnê bate recorde de público. Neste cd são gravadas novas músicas em parceria com Mongol. Em 2003 regrava a uma nova trilha de “A Aldeia dos Ventos”. Em 2004 lança o CD “Letras Brasileiras 2”, em parceria com Roberto Menescal, além do programa “Tipos”, no Canal Brasil, no qual retrata com músicas, textos e desenho animado, tipos humanos como a bailarina gorda, o chato, etc… Em 2005 lança CD e DVD “Oswaldo Montenegro - 25 Anos de História”, que alcançam, ambos, a marca das 100 mil cópias. Em 2006 lança, no Canal Brasil, em parceira com Roberto Menescal, o programa Letras Brasileiras, apresentado por ambos. O programa foi inspirado no CD e no show que Oswaldo e Menescal apresentaram em 1997 por todo o país. Monta no Rio de Janeiro a peça “Tipos” e remonta Aldeia dos Ventos, com participação da atriz Camila Rodrigues, com a “Cia Aqui entre nós”. Em 2007, lança o cd e DVD “A Partir de Agora”, gravando músicas inéditas com convidados como Alceu Valença, Zé Ramalho, Eduardo Costa, Diogo Guanabara e Mariana Rios. Em 2007 também faz parceria com o irmão Deto Montenegro na montagem do “Tipos” em São Paulo, na Oficina dos Menestréis. Peça que estará em cartaz em setembro no Teatro Dias Gomes.

Musicais:

* João Sem Nome - 1975
* Labirinto - 1977
* Veja Você Brasília - 1981
* Cristal - 1982
* A Dança dos Signos - 1983 e 1999
* Léo e Bia - 1984, 1999 e 2006
* Os Menestréis - 1986
* Aldeia dos Ventos - 1986 e 2006
* Noturno -1991
* Mayã - 1992
* Vale Encantado - 1997
* A Lista - 1999
* Lendas da Ilha - 2000
* Tipos - 2006

Discografia:

* Sem Mandamentos (1975) Som Livre Compacto simples
* Trilhas (1977) Independente LP
* Poeta maldito… Moleque vadio (1979) WEA LP, CD
* Oswaldo Montenegro (1980) WEA LP, CD
* Asa de Luz (1981) WEA LP
* A Dança dos Signos (1983) Philips LP
* Cristal. Trilha sonora da peça (1983) PolyGram LP
* Brincando em cima daquilo (1984) LP
* Drops de Hortelã. Oswaldo Montenegro e Glória Pires (1985) PolyGram LP
* Os Menestréis (1986) Independente LP
* Aldeia dos Ventos (1987) Independente LP
* Oswaldo Montenegro ao vivo (1989) Som Livre LP, CD
* Oswaldo Montenegro (1990) Som Livre CD
* Vida de Artista (1991) Som Livre LP, CD
* Mulungo (1992) Som Livre CD
* Seu Francisco (1992) PolyGram CD
* Aos filhos dos hippies (1995) Albatroz CD
* O Vale Encantado (1997) Albatroz CD
* Noturno (1997) Independente CD
* Letras Brasileiras (1997) Albatroz CD Léo e Bia (1998) Albatroz CD
* Aldeia dos Ventos. Arte em construção (1998) Albatroz CD
* A Dança dos Signos 15 anos (1999) Independente CD
* Letras Brasileiras ao vivo (1999) Albatroz CD
* A lista (1999) Independente CD
* A lista. Trilha sonora do musical (1999) Independente CD
* A lista (1999) Independente single
* Letras brasileiras ao vivo (1999) Albatroz CD
* Escondido no tempo (1999) Panela Music CD
* Telas. Só para colecionadores (2000) Independente CD
* Entre uma balada e um blues (2001) Ouver Records CD
* A lista (2001) Jam Music CD
* Estrada nova (2002) Jam Music CD
* Letras brasileiras II (2003) Albatroz CD
* Aldeia dos ventos (2004) Jam Music CD
* Ao vivo - 25 anos (2004) Warner CD e DVD
* Léo e Bia 1973 (2005) Jam Music CD
* A partir de agora (2006) Wea CD e DVD
* Intimidade (2008) - CD e DVD
fonte: http://www.camaleaodownloads.com

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tornado atinge Rio das Pedras e região...

 (bikeco reporter - Tatu) 
A origem dos ciclones é ainda um mistério para os cientistas. Ninguém sabe direito como se formam essas monstruosas colunas, que carregam uma energia equivalente a de uma bomba atômica de 20 quilotons. É uma grande massa de ar que executa um movimento giratório muito rápido, mudando muito depressa de lugar na superfície da Terra, igual a Terra que gira ao redor do Sol, sem parar de girar ao redor dele. Quando isso ocorre, o mar pode ser violentamente perturbado. Algumas vezes, na região que gira ,fica com muito pouco ar, e o tornado gira como se fosse uma coluna oca. Então a água situada abaixo é sugada e passa a ocupar o espaço quase vazio que existe dentro da coluna, formando-se assim a tromba marinha ou tornado.
O tornado é uma coluna ondulante de nuvens, com diâmetro de menos de 2km, que se desloca a uma velocidade de 30km/h a 60km/h. Ele ocorre com a chegada de frentes frias, em regiões onde o ar está mais quente e instável. Estima-se que a velocidade do vento dentro do funil possa atingir 450km/h ( o cálculo por meio de instrumentos é inviável, porque eles são destruídos pela força da tempestade ). Os tornados são os mais destruidores de todas as perturbações atmosféricas, mas a área afetada por eles é limitada. Os tornados mais intensos costumam acontecer no centro-oeste dos Estados Unidos e na Austrália.

Formação de um tornado:

1- Antes do desenvolvimento da tempestade, uma mudança na direção do vento e um aumento da velocidade com a altura criam uma tendência de rotação horizontal na baixa atmosfera. Essa mudança na direção e velocidade do vento é chamada de cisalhamento do vento.

2- Ar ascendente da baixa atmosfera entra na tempestade inclinada e o ar em rotação da posição horizontal muda para a posição vertical.

3- Então há a formação de uma área de rotação com comprimento de 4-6 km, que corresponde a quase toda extensão da tempestade. A maioria das tempestades fortes e violentas são formadas nestas áreas de extensa rotação.

4- A base da nuvem e sua área de rotação são conhecidas como wall cloud. Esta área é geralmente sem chuva.

A palavra tornado veio da palavra espanhola Tornada, que significa tempestade. Um tornado sobre a água é denominado tromba d'água. Tornados geralmente tem um tempo de vida de alguns minutos e raramente duram mais do que uma hora. Tornados são ventos ciclônicos que giram com uma velocidade muito grande em volta de um centro de baixa pressão. São menores que os furacões e seu tempo de vida também. Um tornado pode ter uma largura tanto menor do que 30 metros, quanto maior do que 2,5km. Os menores tornados são denominados mínimos e os maiores de máximos. Um mínimo irá durar não mais do que alguns minutos, deslocar-se um quilômetro e meio e ter ventos com velocidade de 160km/h. Um máximo pode deslocar-se 320km ou mais, durar até 3 horas e ter ventos com velocidade superior a 400km/h.
O tornado percorre um caminho muito irregular. Quando o funil toca o solo, ele pode mover-se em linha reta ou descrever um trajeto sinuoso. Ele pode até duplicar-se, pular lugares ou formar vários funis. A maioria dos tornados do Hemisfério Norte deslocam-se do sudoeste para o nordeste e possuem rotação em sentido anti-horário. No Hemisfério Sul, os tornados possuem rotação horária.

Assim como os terremotos possuem a Escala Richter para medir sua intensidade, os tornados possuem a "Fujita-Pearson Tornado Intensity Scale", ou seja uma escala usada pelos meteorologistas para medir a intensidade dos ventos de um tornado. Essa escala foi nomeada em homenagem aos dois homens que a desenvolveram: Dr. Theodore Fujita e Allan Pearson, diretores do Centro de Previsão de Tempo de Kansas City, nos EUA.

A Escala Fujita (mais comum denominada assim) está representada na tabela abaixo:

Classificação Velocidade do Vento(km/h) Danos
F0 ate 110 Leve
F1 111-180 Moderado
F2 181-250 Considerável
F3 251-330 Severo
F4 331-420 Devastador
F5 421-510 Inacreditável
F6 511-610 Fora de Série
O furacão é uma tempestade que se forma nas áreas tropicais, sobre os oceanos, provocando ventos de até 300Km/h. Normalmente, possui entre 450Km e 650Km de diâmetros e a distribuição do vento e das nuvens ao seu redor é igual. Em seu centro, conhecido por "olho da tempestade", em que predominam as baixas pressões, não há chuva, os ventos são brandos e o céu é praticamente limpo. Essa tempestade é chamada de Furacão quando ocorre no oceano Atlântico e de Tufão, quando acontece no pacífico.

Os termos furacão e tufão são nomes regionais para intensos ciclones tropicais, sendo este último um termo genérico para um centro de baixa pressão não-frontal de escala sinótica sobre águas tropicais ou subtropicais com convecção organizada(por exemplo, tempestades) e intensa circulação ciclônica à superfície.
Ocorrência ciclogênese tropical devido a esses fatores:

1. Águas oceânicas quentes(pelo menos 26,5°C) em uma camada suficientemente profunda, cuja profundidade não se sabe ao certo mas deve ser pelo menos da ordem de 50m. Essas águas quentes alimentarão a engrenagem térmica do ciclone tropical.

2. Uma atmosfera que se resfrie rapidamente com a altura para que seja potencialmente instável à convecção úmida, sendo essa atividade convectiva responsável pela liberação do calor armazenado nas águas para o interior do ciclone.

3. Camadas relativamente úmidas perto da média troposfera (5km). Níveis médios secos não conduzem ao contínuo desenvolvimento de atividade convectiva em uma vasta área.

4. Uma distância mínima de pelo menos 500km da linha do Equador. Para ocorrer ciclogênese tropical, há o requisito de uma Força de Coriolis não desprezível para que o centro de baixa do distúrbio seja mantido.

5. Um distúrbio pré-existente próximo à superfície com vorticidade e convergência suficientes. Ciclones tropicais não podem desenvolver-se espontaneamente, pois necessitam de um sistema levemente organizado com rotação considerável e influxo nos baixos níveis.

6. Valores baixos de cisalhamento vertical de vento entre a superfície e a alta troposfera. Valores altos de cisalhamento desfavorecem ciclones tropicais incipientes e podem prevenir sua origem ou, no caso de um ciclone já formado, pode enfraquecê-lo ou até mesmo destruí-lo dada sua interferência com a organização convectiva em torno do centro do ciclone.

Os ciclones tropicais são regionalmente denominados da seguinte maneira:

* furacões - no Oceano Atlântico Norte, Oceano Pacífico Nordeste a leste da linha internacional da data e no Oceano Pacífico Sul a leste da longitude 160°E;

* tufões - no Oceano Pacífico Noroeste a oeste da linha internacional da data;

* ciclone tropical severo - no Oceano Pacífico Sudoeste a oeste da longitude 160°E e no Oceano Índico Sudeste a leste da longitude 90°E;

* tempestade ciclônica severa - no Oceano Índico Norte;

* ciclone tropical - no Oceano Índico Sudoeste.

Um centro de baixa pressão não-frontal passa por vários estágios até atingir a condição de furacão, sendo classificados de acordo com o vento sustentável de superfície:

* máximo até 17 m/s - depressões tropicais;

* máximo entre 18 e 32 m/s - tempestade tropical;

* máximo acima de 33 m/s - furacões, tufões...

DIFERENÇA ENTRE FURACÕES E TORNADOS

Embora ambos sejam vórtices atmosféricos, eles tem muito pouco em comum. Tornados tem diâmetros de centenas de metros e são produzidos por uma única tempestade convectiva. Por outro lado, ciclones tropicais tem diâmetros da ordem de centenas de quilômetros, sendo comparável a dezenas de tempestades convectivas. Além disso, enquanto tornados requerem um forte cisalhamento vertical do vento para sua formação, ciclones tropicais requerem valores baixos de cisalhamento vertical para se formar e crescer.

Os tornados são fenômenos primariamente continentais, de modo que o aquecimento solar sobre o continente usualmente contribui favoravelmente para o desenvolvimento da tempestade que dá início ao tornado (embora também existam tornados sobre o mar, que são chamados de trombas d'água).
Em contraste, ciclones tropicais são fenômenos puramente oceânicos que morrem sobre o continente devido à quebra no suprimento de umidade. Seu ciclo de vida é de alguns dias, enquanto que o ciclo de vida de um tornado é tipicamente alguns minutos.

* Um ponto interessante é que quando um ciclone tropical está sobre o continente seus ventos de superfície decaem mais fortemente com a altura promovendo, assim, forte cisalhamento vertical do vento que permite a formação de tornados.
 
CICLONE MAIS DEVASTADOR

O pior ciclone de que se tem conhecimento ocorreu em 12 de novembro de 1970 no Paquistão Oriental , quando morreram entre 300 e 500 mil pessoa . Foram registrados ventos de até 240km/h e uma onda de 15 m de altura atingiu a costa do Paquistão Oriental, o delta do ganges e as ilhas do Bhola, Hatia,kukri mukri e manpura.


MAIOR NÚMERO DE MORTOS EM UM TORNADO
 
Um tornado que atingiu Shaturia , Blagladesh, a 26 de abril de 1989, matou em torno de 1.300 e desabrigou 50 mil pessoas.

MAIORES DANOS MATERIAIS POR UM TORNADO

Uma série de tornado que atingiu os estados de Indiana, Wisconsin, Illinois, Iowa, Michigan e Ohio, nos EUA, em abril de 1985 , matou 271 pessoas , feriu milhares de outras pessoas e causou prejuízos de mais 400 milhões.

MAIOR NÚMEROS DE DESABRIGADOS POR UM TUFÃO

O tufão "Ike", com ventos de 220Km/h, que atingiu as Filipinas a dois de setembro de 1985, matou 1363 pessoas, feriu 300 e deixou 1,12 milhões de desabrigadas.

MAIOR NÚMEROS DE MORTOS EM UM TUFÃO

Cerca de 10 mil pessoas morreram em virtude de um tufão, com ventos de até 161Km/h, que atingiu Hong Kong em 18 de setembro de 1906.

Fonte: http://www.bodas.hpg.ig.com.br/Viagens/1/index_hpg.html


Veja abaixo algumas imagens dos estragos deixados pelos fortes ventos em Rio das Pedras no último sábado (29.10.2011) que teve início por volta das 21:00 hs e não durou mais que 0:30min. 


 Quadra Esportiva da Escola D. Bruna

 Biblioteca Municipal

 Escola de Comércio


 Rua Dr. João Batista






 Clube de Campo



 Av. Dr. Darwin do A. Viegas

 Av. dos Operários

  Rua Prudente de Moraes








  Praça Municipal




 Rua Dr. Mário Tavares

 Rua Joaquim Leite

Com certeza, esta é umadas notícias que não gostaríamos de dar, porém a realidade nos aponta três coisas:
1º A natureza cobra o que é dela e o homem é indefeso diante de tal poder;
2º Não temos (o Brasil) planos de emergência para situações de catástrofes, haja visto que o próprio Prefeito Marcos e seus secretários passaram a noite trabalhando para amenizar os transtornos (parabéns!). Já tem gente dizendo que isto é politicagem. Mas porque quem diz também não foi para a rua ajudar e assim aparecer também??? Me parece que tinha galho para todo mundo!!!;
3º Rio das Pedras precisa criar um Departamento de Defesa Civil. Isto é fato!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Destaque da Santos Offshore

A Bikeco, na pessoa de Arlindo Cesar Bonassa, esteve participando na semana de 18 a 21 de outubro último na 5ª Santos Offshore Oil and Gas Expo 2011. O evento que que é promovido pelo Sebrae-SP, reúne fabricantes, distribuidores e prestadores de serviços voltados para o seguimento da Cadeia de Petróleo e Gás da Costa da Mata Atlântica. O objetivo da feira é oferecer oportunidades de negócios a teia que interliga os diversos setores que envolve o processo de exploração e comercialização do petróleo e gás da Bacia de Santos e pré-sal. A meta da Petrobrás é chegar em 2017 com uma capacidade de produção de 1,2 milhão de barris diários. Dentre os expositores, tivemos o prazer de conhecer o importante trabalho da Aiuká Consultoria em Soluções Ambientais, onde na presença de seu coordenador o médico veterinário Rodolfo Silva, trocamos algumas idéias à respeito de desenvolvimento e sustentabilidade, bem como das dificuldades de se implementar projetos de edução ambiental e de captação de recursos por motivos de resistência e falta de comprometimento/consciência das corporações... Pensando globalmente e agindo localmente, vale a pena conhecer um pouco deste trabalho. Para conhecer mais sobre a Aiuká, acesse o site: http://aiuka.com.br. Parabéns a toda equipe Aiuká!!!




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Deus Me Livre...


Como parte do treinamento do Marcelo para o Everest, fomos mais uma vez embrenhar mato adentro, desta vez na cidade de Brotas-SP, onde tínhamos por destino desafiar a temida trilha do Deus Me Livre, localizada na região serrana entre Brotas e Itirapina. Este logo acima desenvolvi inspirado em alguns fatos, sentimentos e emoções vividas na região e em especial na trilha. A ferradura simboliza o contorno que a trilha faz ladeando a serra e nos faz lembrar desta sapata dos nossos serviçais irmãos quadrúpedes, os cinco furos representa a equipe, ou seja cada um dos elementos que participaram (Tatu, Tico, Marcelo, Peti e Ivan), o lobo representa o espírito aventureiro, a força interna que nos induz a lutar e vencer os desafios e o galo... ah! este é uma história à parte!!!
 
Na verdade a história começa um dia antes no frio do Camping da Fazenda Palmeiras (aquí não se vê um só corinthiano... por quê será?), bem lá em cima se vê a Cristina (esposa do Chicão do violão aí à direita), eu, o Saltinho com seu filho Rudi, o Chicão e o Peter... calma que tem mais gente!  Tem a turma da Bike, Saltinho, Peter, Cristina e Rodolfo que seguirão outras trilhas...

    
Aqui eu enganando todo mundo... ou todo mundo me engando... finjo que toco e canto e todo mundo acredita, ou será que todo mundo finge e eu acredito??? Deixando a profundidade de lado... (Belchior), fomos dormir (lá para às 24hs) que o dia seria árduo... Aqui entra a história do galo!!! 


Vou dar um conselho sério à vocês... quando você for acampar a primeira pergunta a fazer a pessoa que lhe atender é: Você tem um galo aí? Se a resposta for sim! Só resta 02 opções; ou você dá um cavalinho de páu, volta quente para trás e procura outro lugar para acampar ou então compra o galo e manda prepará-lo com polenta, por que senão meu filhinho... se irá ficar que nem eu... a noite todinha acordado!!! Principalmente se o galo estiver desregulado e cantar de 10 em 10 minutos... o bicho começou a cantar 1/2 noite e só parou às 07 da matina meu chapa! Saca cara?
Deixa eu falar um pouco do Sansão, meu! É esse cachorro boxer na foto acima, entre a barraca e a pick'up... Essa doce criatura virou nosso mascote... nos acompanhou a trilha toda... vocês precisam conhecê-lo! Olha ele aí embaixo de novo...


Aqui aguardávamos a saída do café... (Ivan, Peti, eu, Marcelo e o Sansão)... e o Tico do outro lado da máquina fotográfica!

 Ânimos aquecidos... é nós na estrada outra vez... saída às 08hs da Faz. Palmeiras...

 

Um pouco adiante (02Km da Palmeiras) ao fundo da foto já se pode vislumbrar 75 metros de queda d'água do Saltão... é onde fazemos o rapel...


Com estas belas paisagens eu lhe convido a esperar pelos próximos capítulos, onde estaremos narrando o desfecho de mais esta aventura... no mais, um forte abraço de toda equipe bikeco... agora também trekking...

...Descemos serra abaixo, metros e metros de desnível, muitas pedras soltas e um pó muito fino parecendo um talco rubro que cobria toda a trilha, tudo agravado por uma estiagem que deixou a paisagem seca. A esta altura o calor era nosso principal adversário... Mas a equipe se mantinha firme! Chegamos lá embaixo, já em Itirapina nossos olhos pairavam a contemplar o paredão em forma de ferradura... Alí bem à nossa frente estava ela, a temida Deus me Livre. Foram cerca de 1h30min. de caminhada ladeira abaixo e não podíamos mais continuar, pois tínhamos ainda todo o trajeto, + ou - 240mts acima, naquele terreno hostil que agora já nos era conhecido... Chegamos até o Deus me Livre, mas infelizmente por compromissos e falta de tempo precisamos abortar a missão. Agora é voltar e fazer esta desafiadora trilha... Só o fato de chegar até ela foi plena, linda e louca viagem... Retornamos numa marcha forte para não desanimarmos; foram cerca de 2:00hs, totalizando 3h30min de ida e volta... No final estávamos todos esgotados, porém satisfeitos e realizados... Entre nossos comentários, não poderíamos deixar de frizar num insight filosófico a célebre frase do Peti: "Esta trilha não é Deus me Livre, é Deus me acuda!"... 

Por outro lado seguiram Peter e Saltinho de bike...

"Pegamos a estrada sentido Ipeúna, muita subida, muita troca de marcha, sol à pico e muito suor perdido pelo caminho. Voltamos por dentro das fazendas, aííí  sim,  muita descida, adrenalina a mil , o visual é de alegria!!!  Contudo , pedalamos 35 km , foi o ideal prá comemoração na chegada!!! 
IIIDDRÓÓO´BBEEE
Como segue algumas  fotos".
(Peter)

 
 
Assim foi, assim é e assim será sempre, bikeco!